Demorado e descomplicado.

4 de fev. de 2011

(Em inglês)


Eu sei, dá todo um orgulho servir um pão sovado delicioso,
mas esse aqui promete ficar delicioso sem sovar.
E cá pra nós, dá uma alegria enorme dar conta de fazer coisas
deliciosas entre uma terça e uma quarta à noite.


O meu deu meio errado, mas já entendi onde foi que eu errei pra poder acertar o próximo.
Receita original aqui.


Então é assim:
1 1/2 xícara de farinha (usei 1 branca e 1/2 integral)
1 1/2 colher de chá de sal
1/8 colher de chá de fermento biológico seco
1/4 xícara de água (à temperatura ambiente)


Misturei tudo isso numa tigela, cobri com plastico de mercado
(sinceramente, acho desnecessário comprar plástico filme), e
deixei fermentar durante 19 horas.
É que fiz a mistura de noitão e retomei esse assunto do pão
só quando voltei do trabalho no dia seguinte.
Na receita original diz pra deixar fermentando por 14 ou 18 horas,
que isso faz que o glutem se desenvolva lentamente e não sei mais
o quê deixando o sabor fantástico.
Há quem tenha feito isso em 8 horas e deu certo igual.


Mas enfim. Quando a superfície da massa tiver bolhas, quer dizer que ta bom.
Precisei enfarinhar de leve o balcão e jogar mais um pouco de farinha sobre a massa.
Dobrei ela duas ou três vezes, e cobri com o plástico novamente pra deixar descansar
por 15 minutos.


Depois disso, enfarinhei de novo pra impedir que a massa grudasse nas minhas mãos
ou no balcão e moldei uma bola.
O próximo passo é polvilhar um pano de prato generosamente com farinha, fubá,
ou farelo de trigo. Mas tem que ser hiper generosamente mesmo, a minha massa
acabou grudando um pouco no pano, porque eu não me dei conta que ela ia crescer pros lados.
Coloquei a massa sobre o pano, com a emenda para cima, e
polvilhei mais farinha, cobrindo com outro pano.
Deixei a massa descansar assim por duas horas.
Pra saber se ela já está pronta, tem que ver se dobrou de volume, e se ela demora
pra voltar à forma original quando a gente cutuca com o dedo.


Meia hora antes de a massa terminar de crescer, acendi o forno na temperatura
alta. Acho que ele só chega até 280oC, mas o recomendado é 320oC.
Não faz mal.


Também de acordo com a receita original, o certo é assar no que eles chamam
de dutch oven. Não descobri como se chama esse artefato em português.
O que importa é que dá pra improvisar com um pirex, marinex, ou uma forma de
cerâmica que tenham tampa.
Também vale usar uma panela pesada de metal que possa ir ao forno,
mas isso parece mais perigoso.
Bom, o que eu fiz foi usar minha forma de bolo inglês, de alumínio mesmo,
e cobrir com a assadeira que uso pra biscoitos, também de alumínio.
Como a tampa precisa ser pesada, li em alguns lugares que se coloca uma pedra
ou um tijolo (obviamente muito bem lavados) pra fazer peso.
Usei um tijolo.
Pré-aqueci a forma por 10 minutos. Se fosse Marinex, pirex ou cerâmica,
teria que pré-aquecer junto com o forno por meia hora.


Quando a massa ficou pronta, tirei as formas do forno com todo o cuidado
e coloquei sobre o fogão. Deslizei uma mão por baixo do pano de prato
onde estava a massa e transferi ela pra forma, deixando a emenda pra cima.
Tentei dar uma ajeitada pra massa ficar uniforme.


Coloquei a forma com o pão no forno, cobri com a outra forma e o tijolo,
e assei por meia hora, como dizia na receita. Achei que talvez estivesse
começando a queimar, mas resolvi seguir a receita original (que na verdade
é o dobro do que eu preparei).
Tirei a tampa e assei por mais 10 minutos, sem mexer na temperatura,
e definitivamente estava queimando.
Aí eu tirei do forno e esperei esfriar.


Veredito: esse jeito de assar realmente propicia uma casca fantástica,
e pretendo usar mais vezes mesmo com outras receitas.
Eu poderia ter feito a massa inteira e o pão teria cabido perfeitamente
na forma de bolo inglês, desse jeito ele ficou baixinho...
E com certeza, preciso confiar mais no meu nariz que nas receitas.

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